sexta-feira, 28 de março de 2008

A Mulher e a tristeza do reflexo da outra



Como ser feminino sou persistente, porém, não sou incoerente e nunca, jamais em minha vida, me sujeito a humilhação por minhas próprias mãos.

Tão pouco sujeito outros aos meus ódios sem motivos claros, deve ser coisa de criação.

Odeio vitimismos e prefiro uma culpa ao querer sair de vítima de uma situação que eu mesma provoquei.

Sim, sou orgulhosa, muito orgulhosa.

Jamais rastejo ou imploro atenção.

Não cometo atos teatrais esperando louros e atenção.

Não desisto com facilidade, mas se quero muito uma coisa, vou a luta e tento ser melhor, procuro demonstrar minha sensibilidade, minha coerência, meus sentimentos.

Jamais me cobriria com uma cortina de injustiçada e cheia de ódio, não sairia difamando aos quatro ventos, não persigo, não invento histórias.

Respeito-me acima de tudo.

Tenho vergonha de ver mulheres cometerem tais insanidades.

Pior ainda é o arrependimento, é reconhecer a estratégia errada e tentar reverter quando não existe mais nada em que se possa segurar, a não ser algo frio e inerte em sua própria solidão.

Partir pra baixo nível então, nossa, posso fazer isso em muitos casos, jamais em coisas do coração, em casos amorosos.

Desde criança aprendi a me respeitar.

Minha família é toda de mulheres, mulheres fortes, mulheres capazes. Elas sempre me ensinaram a jamais me humilhar ou ser baixa com uma oponente, mas também me ensinaram a não me calar perante investidas de semelhantes desequilibradas.

Mostraram-me que aquela que desmerece a outra, normalmente se encontra em situação deprimente, muito pior física e emocionalmente, me ensinaram o revide seguido de indiferença e a piedade.

A piedade eu contestei, somos sempre vítimas daquilo que causamos a nós mesmos, então, piedade não cabe nestes casos, indiferença e decepção, sim.

Sinto-me humilhada por tabela quando vejo o rastejar de uma mulher.

Quisera que todas as mulheres tivessem suficiente amor próprio para não recorrer a atos tão baixos, do tipo que usa gente inocente em suas investidas.

Felizmente são poucas as mulheres que chegam a tal ponto.

Felizmente sou maior que isso.

1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo auto retrato... eu conheço vc e sei que é isso mesmo.... te amo Fabinha.