quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Grito



Na minha garganta um grito mudo
Um silvo dolorido
Um berro gorgorejante
Um uivo contido
Seria ouvido nos quatro cantos
Quando devria ter apenas uma direção
A sua direção

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

" E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que tua correnteza não tem direção."

Legião Urbana - Daniel Na Cova Dos Leões

domingo, 21 de outubro de 2007

V

V for Vendetta


"Na sua frente, um humilde Veterano do Vaudeville, arremessado Vicariamente ao mesmo tempo como Vítima e Vilão pelas Vicissitudes do destino. Essa face, não uma mera aparência de Vaidade é o Vestígio da Vox populi agora Vaga, desaparecida, uma Vez que a Voz Vital da Verosimilitude que era Venerada, acha-se Vilipendiada. Entretanto, essa corajosa Visitação de uma opressão de eras passadas está reViVida e será conquistada por esse Venal, Virulento canalha Vanguardista deformado autotestemunho de Violentos Vícios e Violações Vorazes da Vontade. O único Veredito é Vingança, a Vendetta, contra aquilo que suprimiu a Vontade, não em Vão, porque o Valor e a Veracidade de algo semelhante, um dia será reiVindicado pelos Vigilantes e Virtuosos. Realmente, este Vichyssoise da Verbosidade é extremamente loquaz diante de uma introdução, e assim é uma grande honra conhece-la, pode me chamar 'V'."

Face


"Minha face nua
Vai de encontro a tua
E tudo que encontra
É parede crua"

Amarras



"Porque somente quando nos libertamos das amarras e nos permitimos sentir todos os gostos, todos os cheiros, todos os toques, é que conseguimos provar o sabor da liberdade"

Ou...é neste terrível momento...que nos entregamos totalmente a elas...




Cansei de procuras, de esperas e expectativas.

Tudo conspira para o caos

Cabeça que gira

Pernas que falham

Todos dias encontrar motivo pra sair da cama...

Nada poderia ser mais difícil.

sábado, 20 de outubro de 2007



 www.kiwee.com

Nostalgia - Stream of Passion

Nostalgia

(Stream Of Passion)

Con la vista sobre el mar
Busca entre las olas una señal
Algo que le ayude a olvidar
La verdad
Toda una vida de lágrimas
Cede a la locura y luego calla
Por amor a un dia
Que jamás volverá
Cuando la rosa muera
Calmará sus ansias en letras vanas
Por amor a un dia
Que jamás volverá

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Escuro




Estou envolvida por densa escuridão
Angustiada
Enclausurada em uma prisão
Sem vida
Sem cor
Em meio a solidão

Estilhaçaram minha vidraça
Embaçaram minha visão
Fecharam a única janela
Cortaram minha respiração

Sufocada e apática
Perdida na devastação
Confusa e desorientada
Pararam meu coração

Trisreza




Dura é tua mão
Que me impede de levantar
Dura é tua face
Que me impede de sorrir
Dura é tua sentença
Que me impede de brincar

Fria é a lâmina de teu punhal
Que corta minha carne sem perdão
Frios são os teus dedos
Que arrancam meus olhos
E destroçam meu peito

Maldito é poder com que me chegas
Infernal é tua força ao me sufocar
Obscuras são tuas intenções de destruição
Maligno é teu veneno a me matar

Você não vai mais me escravizar
Você não vai mais roubar minha alma
Você não vai mais me torturar
Você não vai mais me atormentar

Porque mais dura é minha face
Ao receber o teu punho
E estilhaçar os teus ossos

Mais fria é minha gargalhada
Ao te exorcizar
E ainda mais maligna e maldita
É minha vontade de te expulsar

Prove de meu sangue
Porque esta foi a ultima vez
Receba a terra fria sobre teu rosto
Grite comigo
Eu não vou escutar

E na tua lápide:
AzetsirT zaJ iquA

Louca Bailarina




Louca louca
Apenas gira
Tentando ir de encontro
Ao amargo que a recria

Dança dança
Dança Bailarina
Roda louca
Gira gira

Lágrima negra
Em sua face corria
De seu coque torto
Cabelo pendia

Louca louca
Demente Bailarina
Roda roda
Apenas gira

Nas sapatilhas gastas
Sangue vertia
Gira gira
Louca bailarina

Em pranto absorto
No chão se atira
Pobre louca
Morta Bailarina

Sou




Sou esta mulher
Que faz tudo por você
Destas que fingem ser modernas
Implacável, segura
Mas que treme quando te vê

Sou esta mulher
Que jura ser fatal
Destas que fingem fortalezas
Independente, insensível
Nada sentimental

Sou esta mulher
Dissimulada
Que vaza sensualidade
Que nunca te deixa seguro
Que abala toda a masculinidade

Sou esta mulher inventada
Esta mentira
Este delírio
Esta praga

Sou esta mulher
Que quando descascada
É só iludida
É só Maria

Sou esta mulher
Que nos teus braços se perde
Que na tua boca esquece
Que no teu corpo derrete

Sou esta mulher
Só mulher

Esquina Fria




Porque eu te daria algum sentido

Se já não tenho nenhum?
Me dê um motivo para desistir
Já que você não encontrou um para tentar...

Ao tratar-me como meretriz
Esqueceu-se de deixar uns trocados na cômoda
E esqueci de ir embora

Eu


Eu Sou

Eu sou o tudo, eu sou o nada
A mulher, a fera, a vilã, a deusa, um demônio, anciã
Atravesso grossas paredes
Rodopio por salões circulares
Durmo em campos verdes
Me perco inteira em olhares

Sou vertente de amor
O explodir do prazer
O rastejar de toda a dor
Sou o nascer e sou o morrer