Na minha garganta um grito mudo
Um silvo dolorido
Um berro gorgorejante
Um uivo contido
Seria ouvido nos quatro cantos
Quando devria ter apenas uma direção
A sua direção
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Grito
Postado por Evora às 09:19 0 comentários
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
" E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que tua correnteza não tem direção."
Postado por Evora às 19:12 0 comentários
domingo, 21 de outubro de 2007
V
V for Vendetta
"Na sua frente, um humilde Veterano do Vaudeville, arremessado Vicariamente ao mesmo tempo como Vítima e Vilão pelas Vicissitudes do destino. Essa face, não uma mera aparência de Vaidade é o Vestígio da Vox populi agora Vaga, desaparecida, uma Vez que a Voz Vital da Verosimilitude que era Venerada, acha-se Vilipendiada. Entretanto, essa corajosa Visitação de uma opressão de eras passadas está reViVida e será conquistada por esse Venal, Virulento canalha Vanguardista deformado autotestemunho de Violentos Vícios e Violações Vorazes da Vontade. O único Veredito é Vingança, a Vendetta, contra aquilo que suprimiu a Vontade, não em Vão, porque o Valor e a Veracidade de algo semelhante, um dia será reiVindicado pelos Vigilantes e Virtuosos. Realmente, este Vichyssoise da Verbosidade é extremamente loquaz diante de uma introdução, e assim é uma grande honra conhece-la, pode me chamar 'V'."
Postado por Evora às 17:06 0 comentários
Amarras
"Porque somente quando nos libertamos das amarras e nos permitimos sentir todos os gostos, todos os cheiros, todos os toques, é que conseguimos provar o sabor da liberdade"
Postado por Evora às 16:50 0 comentários
Cansei de procuras, de esperas e expectativas.
Tudo conspira para o caos
Cabeça que gira
Pernas que falham
Todos dias encontrar motivo pra sair da cama...
Nada poderia ser mais difícil.
Postado por Evora às 12:54 0 comentários
sábado, 20 de outubro de 2007
Nostalgia
(Stream Of Passion)
Con la vista sobre el mar
Busca entre las olas una señal
Algo que le ayude a olvidar
La verdad
Toda una vida de lágrimas
Cede a la locura y luego calla
Por amor a un dia
Que jamás volverá
Cuando la rosa muera
Calmará sus ansias en letras vanas
Por amor a un dia
Que jamás volverá
Postado por Evora às 08:16 0 comentários
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Escuro
Estou envolvida por densa escuridão
Angustiada
Enclausurada em uma prisão
Sem vida
Sem cor
Em meio a solidão
Estilhaçaram minha vidraça
Embaçaram minha visão
Fecharam a única janela
Cortaram minha respiração
Sufocada e apática
Perdida na devastação
Confusa e desorientada
Pararam meu coração
Postado por Evora às 16:11 0 comentários
Trisreza
Dura é tua mão
Que me impede de levantar
Dura é tua face
Que me impede de sorrir
Dura é tua sentença
Que me impede de brincar
Fria é a lâmina de teu punhal
Que corta minha carne sem perdão
Frios são os teus dedos
Que arrancam meus olhos
E destroçam meu peito
Maldito é poder com que me chegas
Infernal é tua força ao me sufocar
Obscuras são tuas intenções de destruição
Maligno é teu veneno a me matar
Você não vai mais me escravizar
Você não vai mais roubar minha alma
Você não vai mais me torturar
Você não vai mais me atormentar
Porque mais dura é minha face
Ao receber o teu punho
E estilhaçar os teus ossos
Mais fria é minha gargalhada
Ao te exorcizar
E ainda mais maligna e maldita
É minha vontade de te expulsar
Prove de meu sangue
Porque esta foi a ultima vez
Receba a terra fria sobre teu rosto
Grite comigo
Eu não vou escutar
E na tua lápide:
AzetsirT zaJ iquA
Postado por Evora às 16:09 0 comentários
Louca Bailarina
Louca louca
Apenas gira
Tentando ir de encontro
Ao amargo que a recria
Dança dança
Dança Bailarina
Roda louca
Gira gira
Lágrima negra
Em sua face corria
De seu coque torto
Cabelo pendia
Louca louca
Demente Bailarina
Roda roda
Apenas gira
Nas sapatilhas gastas
Sangue vertia
Gira gira
Louca bailarina
Em pranto absorto
No chão se atira
Pobre louca
Morta Bailarina
Postado por Evora às 15:32 0 comentários
Sou
Sou esta mulher
Que faz tudo por você
Destas que fingem ser modernas
Implacável, segura
Mas que treme quando te vê
Sou esta mulher
Que jura ser fatal
Destas que fingem fortalezas
Independente, insensível
Nada sentimental
Sou esta mulher
Dissimulada
Que vaza sensualidade
Que nunca te deixa seguro
Que abala toda a masculinidade
Sou esta mulher inventada
Esta mentira
Este delírio
Esta praga
Sou esta mulher
Que quando descascada
É só iludida
É só Maria
Sou esta mulher
Que nos teus braços se perde
Que na tua boca esquece
Que no teu corpo derrete
Sou esta mulher
Só mulher
Postado por Evora às 15:26 0 comentários
Esquina Fria
Porque eu te daria algum sentido
Se já não tenho nenhum?
Me dê um motivo para desistir
Já que você não encontrou um para tentar...
Ao tratar-me como meretriz
Esqueceu-se de deixar uns trocados na cômoda
E esqueci de ir embora
Postado por Evora às 15:23 0 comentários
Eu
Eu Sou
Eu sou o tudo, eu sou o nada
A mulher, a fera, a vilã, a deusa, um demônio, anciã
Atravesso grossas paredes
Rodopio por salões circulares
Durmo em campos verdes
Me perco inteira em olhares
Sou vertente de amor
O explodir do prazer
O rastejar de toda a dor
Sou o nascer e sou o morrer
Postado por Evora às 14:59 0 comentários